segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Amamentação #12

Segundo a Organização Mundial de Saúde uma mãe deverá amamentar o seu bebé exclusivamente até aos seus primeiros 6 meses de idade, altura em que deverá ser feita a introdução dos sólidos, e complementar a sua alimentação pelo menos até aos 2 anos de idade.
Achas que é muito tempo a amamentar, é?
É verdade que os demais mamíferos amamentam por escassas semanas ou poucos meses, mas para estes a idade adulta também chega mais rápido. Normalmente ao seu primeiro ano de idade um gatinho já é um gato, um cachorro (dependendo da raça) já é um cão, um vitelo aos seis meses é um bezerro e este aos 2 anos é uma vaca. Já o Homem, é considerado adulto aos 18 anos e cada vez mais este patamar está em transição para os 21/25 anos, daí que em proporção com os restantes animais parece-me justo que uma criança seja amamentada pelo menos nos seus primeiros dois anos destes 20 anos, em média. É comum ouvir que é suficiente amamentar até aos 6 meses de vida. Mas será mesmo assim? Não querendo desvalorizar a opinião de ninguém, até porque amamentar até aos 6 meses é de facto uma excelente meta, oxalá todos os bebés pudessem ter a oportunidade de beneficiar com esse “luxo”. Contudo, segundo o meu ponto de vista, amamentar um bebé até ao seu 2º ano de vida parece-me bastante razoável, já que estes são as crias mais vulneráveis à face da Terra. Um bebé para nascer com uma maturação neuro-muscular suficiente teria de permanecer muito mais tempo no ventre de sua mãe, o que impossibilitaria de certo um parto eutócico dado o aumento do tamanho da cabeça que isso implicaria. O nosso cérebro é mais complexo do que o de outros animais. Se considerarmos o gatinho, bezerro, cabrito por exemplo, reparamos que estes logo depois de nasceram conseguem suster-se nas suas patas e caminhar, já um bebé precisará em média de um ano para dar os primeiros passos sozinhos, e outro ano adicional para efectuar um diálogo suficientemente rico… e quase um quarto da sua vida para sair da casa dos pais.   

Tendo em conta o supracitado, os 2 primeiros anos a beneficiar do leite materno (para quem puder, claro) se calhar já fazem sentido, não? 

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