quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amor:define


Primeiro que tudo, se conselhos fossem bons não se davam, vendiam-se... mas ainda assim atrevo-me!
Segundo: não tenho diploma nenhum em psicologia, por isso o que escreverei aqui e o que sempre escrevi, vale o que vale...mas possivelmente o Wikipédia terá mais cientificidade do que o que falarei;
Terceiro: de relações amorosas, só percebo da minha e ainda assim mal, porque descubro-a todos os dias...

O amor hoje em dia:

Eu que tinha a certeza que hoje em dia as mulheres, mais ou menos, da minha geração se mantinham em relações, especialmente de longo termo, unicamente pelo amor e tesão que os unia... Ouso pensar assim porque, não muito antigamente muitos casamentos eram por interesse...onde eventualmente se aprendia a amar a outra pessoa! E o divórcio nem pensar....no meu entender o principal motivo, não era os bons costumes e a vergonha, mas sim (e entendo), porque a mulher não sabia fazer outra coisa que não cuidar da casa, filhos e marido...o que fazer depois do divórcio?? Os terrores e inseguranças impediam muitas mulheres de dar esse passo e eventualmente se ver livre de uma relação que as consumiam!!! Existia uma relação financeira e emocional muito forte!!

Hoje em dia, para mim isso deveria ser cada vez mais raro, as mulheres estão totalmente emancipadas, donas dos seus narizes e do mundo! Assim deviam determinar quando começar e acabar uma relação!!

Mas infelizmente ainda me deparo com relações que são de uma dependência e uma extorsão de energias, que causa uma infelicidade tal a pelo menos um dos lados!!! Acontecendo principalmente, em relações de longo termo, como salientei no início!!

Estas pessoas justificam a existência dessas relações com o imenso amor que dizem sentir, e não duvido que possa existir, de facto! Mas lá está, já vi isso acontecer antes, pessoas lindas, jovens, com um futuro ambicioso à frente delas, com outros pretendentes, independentes financeiramente que não saiam dessas relações tipo "buracos negros", havendo em todas elas um aspecto mais forte e compreensível que o amor, o hábito!! O estar habituada e acomodada àquela vida, mesmo que infeliz, o facto de já terem construído planos em conjunto, haver até património e sonhos em comum!! Deixar essa relação , não é deixar apenas uma pessoa mas apagar todo um horizonte.... E lá vão ficando em cima de muros, sem saber para onde ir: se para uma nova vida (melhor ou pior, mas livres) ou manter-se numa relação mais cheia de incertezas do que certezas!!


Para mim amor é um dos componentes para se fazer uma fogueira, mas não único!! Sendo o amor a lenha, mesmo que muito seca e sólida só por si não arde!! Necessita de algo que funcione como ponto de ignição, como faísca (todos os componentes de uma relação: tesão, paixão, desejo, comunicação, companheirismo, amizade, cedências, etc)!!

Resumindo, o amor por si só não é suficiente para justificar uma relação...

Ainda tenho que dizer, que me dá vontade de bater quando oiço: Amar é sofrer!
Respondo sempre da mesma forma: "É sim senhor, amar é sofrer e sofrer muito: com o outro nos seus momentos de angústia, tristeza, fúria, é sofrer pelo bem e estima do outro. E não sofrer pela infelicidade que o outro nos inflige!"

Amar não tem de ser um drama, não tem de ser difícil....


5 comentários:

  1. Amar é sobretudo fazer o outro feliz. Concordo que não nos devemos sacrificar para ver a felicidade estampada no rosto do outro. Amar é simplesmente viver bem cada momento, que seja ele bom ou mau... Se for bom, fazer com que dure, se for mau, mudá-lo para que seja bom e fazer com que dure. Amar é também muitas vezes desligar pormenores irritantes que podem originar brigas sem importância. É também ter confiança e orgulho no outro. Pensar que é uma pessoa que está ao nosso lado para o que der e vier... É assim, o amor!

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  2. Gosto da parte do orgulho no outro, subscrevo totalmente!!

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  3. Na minha opinião, se não tivermos orgulho na pessoa que amamos, nunca a vamos aceitar tal como ela é. Tenho algumas pessoas conhecidas que têm um certo "receio" de falar dos maridos/companheiros: da sua profissão, do seu aspecto físico, da sua família... Continuo a dizer: a base de uma relação é o amor e a confiança. Se confiarmos no outro, teremos, com certeza, orgulho nele. Não um orgulho em que temos vontade de o mostrar ao mundo, como um troféu. Orgulho no sentido de confiar, no matter what.

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  4. Faço tuas minhas palavras, identificando correctamente a fonte, pode ser? :)

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