Recordava num grupo de apoio à amamentação o quão difícil foi o meu inicio.
Lembro-me como se fosse hoje do primeiro mês, o único aspecto positivo foi a minha gloriosa copa D!! De resto cada mamada era um suplício de tão frequentes, tão longas, tão dolorosas por causa das físsuras... Chorava desalmadamente, protelava-as o que mais podia... Não fosse ter um marido que sabia bem o que eu realmente queria quando não tinha dor e também ele acreditar na amamentação (para minha surpresa), tinha de certeza incentivado a desistir...
Houve/há dias muito complicados mas tudo se superou. Sempre acreditei que toda a mulher pode alimentar a sua descendência e que amamentar está 95% na tua cabeça.
Dito isto está claro que amamentar não é sempre um mar de rosas, é preciso sacrifico por parte da mãe e muita vontade.
Podem dizer: "mas não há necessidade de sofrimento"... ou "se a mãe sofre já não é proveitoso para o bebé e tudo e tudo e tudo"... Mas acho que se eu decidi ser mãe (ou se "aconteceu") e assumi a responsabilidade de educar e fazer crescer o meu filho mediante aquilo que acredito ser o melhor, tenho de ser altruísta, prescindir do meu conforto e abdicar das minhas prioridades para atender as de um ser frágil, indefeso que está como disse inicialmente sobre minha alçada!
Minha querida.
ResponderEliminarSou 1000% pela LM (não enganei, é msm 1000). Gostava de ter conseguido dar de mamar por mais tempo. Foram só quatro meses. Acredito que é o melhor e que é sempre bom e suficiente. Foi o que mais me custou. Fiz de tudo o que estava ao meu alcance, consultei uma doula, tomei promil, dei de noite e de dia, sempre que ele queria. Estimulava com a bomba. Até que desisti. O motivo foi o tão falado aumento de peso, o meu T aumentava cerca de 50 gramas por semana, nunca chegava às 100 gramas. Não doente, todo o desenvolvimento estava de acordo com a idade, mas o peso ... esse não subia. A pedriata achou por bem introduzi o tão famoso suplemento. Tentei evitar mas desiste perante a duvida e o tormento de por algum motivo ele não engordar o dito normal. Sei racionalmente que é o melhor, mas o meu coração e a duvida levou o melhor. E doeu-me tanto, tanto que passado tres anos ainda me doi. Quando a medica falou no LA chorei baba e ranho. Mas mesmo assim nunca teve cólicas, nunca foi uma criança doente (apenas o normal, constipações, viroses, varicela) e come bem e de tudo. Na escola que está desde os 5 meses admiram-se como é que ele come tão bem e não engorda. Tem tres anos e meio e pesa quase 13kg. Afinal é dele, mas sendo o meu primeiro... Só lhe queria dizer que estou consigo mas por vezes não dá. Se voltar a ser mãe e se precisar de ouvir "Vai conseguir" venho aqui dizer-lhe qq coisa pois acho que mts vezes precisamos é de apoio! Bjnhs
Acho realmente um bocado despropositada a desculpa de "se a mãe sofre já não é proveitoso para o bebé" e outras do género. Por ventura parir não é também doloroso (mesmo com epidural tem sempre alguma dor), a recuperação do parto não é também algo doloroso?
ResponderEliminarA dor faz parte de se ser mãe, algum propósito terá. Seja o vinculo ao bebé, seja o testar da nossa resistência ao que nos espera para o resto da vida neste emprego para sempre...
Eu já amamentei dois filhos e vou agora no terceiro com 6 meses e meio de muita maminha. Tive tudo a tenho direito: mastites, gretas, dores, ingurfitação...e continuo a achar que amamentar é uma experiência do mais intenso e gratificante que se pode ter.
Por fim concordo inteiramente quando fala no altruísmo da maternidade. Adorei o blog que não conhecia. Parabéns
Olá mamãs, obrigada pelos vossos testemunhos, são sem dúvida muito enriquecedores. Obrigada mesmo!
ResponderEliminarbeijinhos
Oh mulher, fístulas ou fissuras? O meu primeiro mês tb foi complicado, mas os 47 meses seguintes foram bem mais fáceis.
ResponderEliminarBeijocas
Já corrigi obrigada :) tenho mesmo de tomar o bom hábito de reler o que escrevo!! :)
ResponderEliminarNa nossa casa foram 9 meses com alguns momentos difíceis e outros tantos de puro amor.
ResponderEliminarBjs