Como qualquer casal, em mais de 10 anos de relação, tivemos momentos para todos os gostos, mas sempre nos caracterizei como um casal sólido, inebriado um pelo outro, com uma relação sem lugar para segredos e flexíveis um com o outro, sempre fomos além de tudo os melhores amigos. Os primeiros 4 aos, foram repletos de exploração um do outro, com muita paixão e te***, namoro, muito namoro. Os 5 anos que se seguiram, foram muito difíceis (achava eu), foram vividos com um oceano pelo meio, através de SMS's, chamadas telefónicas, MSN e Skype e as tão ANSIADAS ferias de tempos a tempos, as quais nunca eram compridas o suficiente. No entretanto as "ameaças" à nossa relação surgiram, era a distância; as saídas de boys and girls (but not me, obvious), as quais sempre incentivei... "Vai amor, não te feches em casa, sai e aproveita para relaxar!"; as boas espalhadas pelo Técnico e arredores...enfim, o normal de um rapaz no esplendor dos seus 20's anos e que só foi um good boy por respeito à relação que tinha comigo! As coisas tremeram um bocado, mas saímos desta fase ainda mais apaixonados e fortalecidos.
Vai daí começamos a viver juntos e apareceram as primeiras discussões a propósito da organização da casa... nada de importante para ele, mas de grande prioridade para mim! Nada que no entanto abalasse a nossa fortaleza, estávamos mais íntimos e felizes que nunca. Decidimos casar e daí até ter um filho foi um pulinho, foi mesmo!
Depois que o bebé nasceu, é que a nossa relação levou a bebedeira da sua vida... e ainda está de ressaca!! As nossas dúvidas como pais, são inúmeras... como agir com um bebé correctamente (ainda para mais um baby exigente como o nosso), mudamos as nossas rotinas da noite para o dia (como qualquer casal jovem jantávamos fora todas as semanas, lanchávamos fora diariamente, fazíamos passeios regulares, etc, etc, por enquanto tudo isto anda em stand-by indeterminado). Deixamos de estar disponíveis um para o outro, para ele é o trabalho dele e o bebé e eu é o bebé e a casa... Grande parte do tempo, nem temos paciência/tempo para responder um ao outro. Deixamos de funcionar como o casal, logo agora que pensava que ia ter uma lua-de-mel a 3. Mas não, o bebé abalou-nos muito, andamos cansados, saturados. Temos falado um com o outro, sabemos onde estão as nossas falhas e é nestas que andamos a trabalhar, noto um esforço de ambas as partes e voltamos a redescobrir o prazer da companhia um do outro. Estamos a dar passinhos de bebé todos os dias, com retrocessos por vezes, mas convictos de que reencontraremos tudo aquilo que sempre nos caracterizou como casal, para que possamos educar o nosso filho nos princípios de amor e compreensão que sempre defendemos.