Faz 2 anos e 9 meses que amamento o Vasco.
Está tudo sob controle, a correr maravilhosamente, o Vasco gosta... não faz de chucha, não... porque tem leite, funciona bem para os dois, por isso vou continuar como sempre planeei, vai durar o tempo que ele quiser. Se até há 1 ano atrás ele ainda mamava muitoooo frequentemente (outros dos motivos pelos quais, não me pus por exemplo no ginásio... para não secar demasiado, tendo em conta que amamentar é um esforço para o corpo e porque ele exigia ainda muito a minha presença... pelo que nem pensar eu estar num ginásio e correr o risco dele precisar de mim! Tudo a seu tempo :) )
Neste momento, as perguntas mais frequentes são:
- Até quando, vás amamentar?
Muitas vezes olhando-me como se fosse um alien, ou como se fosse um acto negligente e de maus tratos para a criança... Não não é... eu não lhe enfio a mama na boca, ele mama quando pede, e consola-se, é um miminho muito bom para ambos, e não existe em lado nenhum descrito timings perfeitos de amamentação "normais" ou "doentios"... cada díade -mãe-filho- é que decide. As mamas são minhas, o filho é minha responsabilidade, pelo que não trás mal nenhum a este mundo em especial a terceiros :)
- Mas sabes que o leite, já não o alimenta... não sabes?
Sim sei... Sei que nada isoladamente alimenta uma criança... Por isso mesmo ele não vive exclusivamente de leite materno, isso aconteceu até quase bem perto dos 6 meses, desde então foi feita toda a introdução a que tinha direito... excepto que não fez introdução de iogurte aos 7 ou 8 meses como é comum, fê-lo aos 12 meses. Isso porque como era amamentado, não precisava de o expor tão cedo à proteína do leite de vaca. O comum é fazer a introdução do iogurte pelos 7 ou 8 meses às crianças com leite adaptado e leite de vaca pelos 12 meses, isso porque já tiveram contacto com a proteína do leite de vaca. Com o Vasco, a introdução à proteína do leite de vaca deu-se aos 12 meses, com o iogurte, e aos 15meses provou o leite de vaca. Desde então começou a fazer toda a alimentação familiar e faz todas as suas refeições, como qualquer outra criança. Excepto que raramente bebe leite de vaca (fá-lo mais nos cereais), porque bebe leite humano, feito exclusivamente para ele! O desmame está a acontecer, disso não tenho dúvidas, isso será sempre uma fase muita curta nas nossas vidas, pelo que vou sim aproveitar... não é algo que possa delegar a ninguém.... nem adiar... uma vez adiado acabou e sei lá se alguma vez terei o prazer de ter experiência igual!
- Mas tu amamentas mesmo, ou usas a declaração da amamentação para teres um bom horário?
(Sim, já tive quem me perguntasse isso!)
Amamento sim... com muito orgulhoooo!!!!
Faço uso do horário reduzido pelo meu filho e não por mim, que profissionalmente até me dava jeito o horário por turnos. Mas mais uma vez, primeiro estão as necessidades do meu filho em vez das minhas.
O horário reduzido dá-me um conforto incrível, sem dúvida. Já lá vai o tempo que saía do hospital e ia a correr até à creche para o alimentar, isso porque não tinha as introduções alimentares como as dos outros meninos, como disse, isso até aos 15 meses. Desde então, ele bebe os seus leitinhos ao lanche, para dormir e ainda acorda pelo menos 2 vezes por noite para mamar. Por este esforço, sim, entrar mais tarde no trabalho, e em especial estar todas as noites com ele, período em que ele mais mama, faz todo o sentido usufruir de um direito DELE que é a sua mãe ter horário reduzido.
Mas nesse aspecto sou solidária com todas as outras mamãs... acho que todas devíamos ter horário reduzido, pelo menos até ao período escolar, em prol do futuro deste País que são os nossos meninos... cada vez mais são educados em creches e amas... porque os papás trabalham de manhã à noite e não é fácil dar amor em qualidade (nem digo em quantidade!) numa rotina nocturna já tão compacta!! Enfim é o País que temos...
O horário reduzido para mim, nem significa trabalho a menos... pelo contrário, a minha responsabilidade obriga-me sim a fazer tudo o que faria em 8 horas em 6horas... é outro esforço, tão stressante em especial na minha vida profissional... mas, por um filho... tudo!
De resto o que me apetece dizer, aos que teimam em "orientar-me" nesta questão sem eu pedir é que da mesma forma que eu não opino sobre a educação dos seus filhos, por favor não o façam com o meu!
Beijinhos